Instituição hospitalar acreditada propicia elevados padrões de assistência e qualidade para pacientes e profissionais de saúde

Gestão hospitalar de excelência tem o objetivo de garantir a qualidade dos serviços de saúde com eficiência na assistência e segurança do paciente

Por

Os hospitais que recebem as certificações e acreditações estabelecem padrões de qualidade no modelo de gestão eficiente, com foco em segurança e otimização de processos e dados na área de saúde. Essa dinâmica possibilita que a instituição de saúde se mantenha atualizada em vários temas que compõem o conjunto de requisitos para garantir a excelência no atendimento como governança clínica, segurança do paciente e redes de atenção à saúde.

No caso da governança clínica, as organizações de saúde buscam a melhoraria contínua da qualidade dos serviços e manutenção de elevados padrões de assistência, criando um ambiente relevante ao desenvolvimento da excelência no atendimento. Esse conceito engloba a qualificação dos processos e profissionais da saúde, a eficiência adequada da utilização dos recursos técnicos (manutenção de equipamentos) e financeiros, avalia a gestão de risco como lesões ou doenças associadas à assistência ao tempo de permanência do paciente no ambiente de internação hospitalar, por exemplo.

A segurança do paciente é um dos principais pilares para gestores e profissionais de saúde, que buscam oferecer uma assistência segura, com base em processos institucionais e protocolos impostos por órgãos regulamentadores como o Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS). Os incidentes que causam danos ao paciente representam mais tempo e custo para os sistemas de saúde. A OMS criou a World Alliance for Patient Safety (Aliança Mundial pela Segurança do Paciente) com objetivo de organizar e propor medidas para redução dos riscos e diminuição dos eventos adversos. A Portaria GM/MS nº 1.377, de 9 de julho de 2013 e a Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 aprovam os protocolos básicos de segurança do paciente.

A acreditação de redes de atenção à saúde busca reduzir a variação no atendimento prestados nos diversos locais. Os padrões do HSO – Health Standards Organization International – atendem à demanda internacional sobre as responsabilidades das instituições de saúde e seus gestores em fornecer o apoio e a infraestrutura para a excelência na prestação de serviços de saúde. Os padrões determinam as funções de liderança em todos os níveis da rede.

Para embasar essa discussão, a Vita Care conversou com Jadson Costa, que atua como diretor comercial na IQG – Health Services Accreditation. Confira abaixo: 

1. É possível descrever um modelo ou metodologia ideal de governança clínica para segurança dos profissionais de saúde e dos pacientes?

Não é possível afirmar que uma governança clínica seja melhor em uma metodologia do que em outra. Cada metodologia tem sua característica própria e deve ser analisada cuidadosamente pela instituição que deverá adotar aquela que mais se adapta ao seu perfil.

2. Qual a sua sugestão para uma instituição de saúde que deseja ter uma boa governança clínica com profissionais qualificados e excelência no atendimento ao paciente?

A grande contribuição do modelo da Governança Clínica foi trazer a decisão clínica para o contexto gerencial e organizacional.

Os principais desafios para implantação são: (i) Formação e capacitação de executivos; (ii) Gestão integrada de riscos; (iIi) Gestão operacional; (iv) Gestão do conhecimento; (v) Transparência.

 3. Quais os principais pilares para uma instituição hospitalar conquistar o selo de acreditação?

A instituição que deseja conquistar uma acreditação precisa se comprometer com uma cultura colaborativa fundamentalmente com qualidade e segurança do paciente e de sua equipe. Instituições de saúde lidam com o bem mais precioso que é a vida. Ter processos assistenciais seguros, planejar o desfecho clínico transformam o cuidado em acolhimento e segurança.

4. É possível indicar condutas na alta gestão hospitalar para favorecer na renovação dos selos de acreditação?

A principal conduta para a alta gestão hospitalar que uma acreditação pode trazer é que quando os processos assistenciais e de segurança são desenhados tendo o paciente no centro, a instituição tem seus custos e riscos gerenciados, pois sistemas acreditados são maduros e apontam oportunidades para oferecer serviços com padrões elevados.

5. Na sua opinião, os pacientes hoje estão mais empoderados sobre a temática de certificações e fazem a escolha das instituições por este critério?

Infelizmente ainda se fala bem pouco sobre a importância da acreditação hospitalar para os pacientes e familiares.

6. O que é necessário em termos de segurança do paciente para a instituição de saúde receber uma acreditação?

Para uma instituição conquistar uma acreditação não basta apenas focar na segurança do paciente. Segurança do paciente é uma parte que a instituição precisa ter foco, mas ela também precisa focar em governança clínica, gestão do conhecimento, gestão do uso adequado dos recursos entre outras coisas.

7. Você acha que a integração das clínicas pode elevar a qualidade assistencial e reduzir custos?

Na nossa realidade poucas instituições trabalham com atenção primária fazendo com que todo problema, pequeno ou grande, faça com que os pacientes recorram ao pronto atendimento de um hospital. Trabalhar a atenção primária na população é um caminho importante para prevenção e promoção da saúde na população, quanto mais promovermos a saúde menos as pessoas ficarão doentes e isso reduz a pressão de custo em todo sistema.

Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp

RECOMENDADAS PARA VOCÊ